Comprei meu primeiro MacBook com a intenção de criar aplicativos iOS nativos, aproveitei uma viagem meio maluca que estava fazendo para o Paraguai em setembro de 2022, quando, após meses de pesquisa, encontrei um aparelho muito moderno avançado, com hardware excepcional, por um preço único. Posso dizer que é o notebook com a tecnologia de hardware mais avançada do mundo, sem sombra de dúvidas, muito leve, fino, e com muita potência. Dito isso vamos aos contras.
Seu sistema operacional (MacOs) é incomparável com o Linux, que é um sistema infinitamente melhor para quem trabalha com desenvolvimento. Estava tão acostumado as suas ferramentas nativas do Ubunto, muito avançadas, que se tornaram banais no meu dia a dia de trabalho. Sabendo que tanto o Mac quanto Linux tem uma base no sistema UNIX, imaginei que ambos teriam funcionalidades semelhantes.
Mas com com a “desculpa” de questões de segurança, as coisas mais básicas do Linux se tornam complicadas no Mac, por isso eu não gostar desse sistema operacional e quase nada que é feito pela Apple, tudo é uma ofertado para o usuário final como uma solução paga e muito cara. É o oposto do que prega o universo Linux, livre, de código aberto, customizável.
Após 3 meses de uso desisti do Mac e fui para a prática do dual boot, quand o meu mundo “desaba” e eu descubro que o novo chip Apple Silicon 2, o novíssimo e moderno recente chip, é de arquitetura incompatível com Linux, portanto a única alternativa seria virtualizando uma imagem. No meio da correria de entregas de trabalho, de uma rotina muito sem tempo, não tive escolha a não ser dar uma segunda chance para o MacOs. Em paralelo mantive meu notebook velho com Ubuntu, minha estação de trabalho é composta por um MacBook e um notebook com Linux.
Como é de costume um grande prólogo para gente chegar nos finalmente, não é mentira que o Mac facilita muita coisa e tem uma interface ligeiramente mais leve e bonito do que o Linux, mas desde o início dos anos 2010 eu sou muito acostumado a montar discos externos como um disco do sistema operacional, de forma nativa, sem dificuldade nenhuma, sem nenhuma proteção de sistema, sem instalar software de terceiros, sem pagar nada por isso, o nautilus permite conectar por ssh/sftp e montar o disco de forma nativa.
É como se eu pudesse ter infinitos discos dentro do meu notebook, de computadores remotos, assim eu posso trabalhar num projeto como se ele tivesse dentro do meu HD, seja um site de um cliente que precisa de uma manutenção ou mesmo um repositório de documentos. Como não é possível fazer isso de forma nativa no Mac? Vocês estão pirados?
Mas com muita luta eu encontrei uma dupla chamada MacFuse e sshsh, levei meses para conseguir fazer funcionar, mas após seis meses sofrendo com essa limitação, hoje, finalmente consegui montar um disco do meu notebook ubuntu, pela internet. Foi preciso ajustar as permissões para poder arrastar os arquivos do meu Mac para o meu HD externo (que fica conectado no computador, que fica na casa da minha mãe), como se fosse um HD externo conectado diretamente no meu Mac (ignorando outro problema do sistema de arquivo, ntfs, fat, ext).
Esse HD contém arquivos muito importantes e serve como backup por isso eu não posso viajar com ele, por uma questão de segurança você nunca pode manter o arquivo backup no mesmo local físico. Agora estou em São Paulo, usando meu Mac conectado no servidor na casa da minha mãe, montando um disco remoto pela internet como se fosse uma pasta dentro do notebook. Resumo: facilitou muito minha vida e futuro trabalho como desenvolvedor.