Ser produtivo sem chicote

No meu blog de conteúdo gosto de compartilhar notícias de projetos, tecnologia e produtividade. Sempre vivenciei um pequeno conflito interno, quando trabalho em meus próprios projetos acabo não sendo tanto produtivo quanto em projetos de clientes.

Existe a clássica teoria do porrete e da cenoura para lidar com funcionários, o que não se motivam por recompensas (cenouras), são motivados pelo medo de ser demitido ou punição (porrete). Estas duas motivações são incertas em projetos próprios, quando comecei meus projetos próprios com 15, 16 anos, fazendo jogos para computador, sempre fui muito motivado porém não orientado para resultados como as empresas tradicionais são.

Normalmente faço em meus projetos diversas tarefas em poucos dias que em uma empresa tradicional levariam semanas. Tive muita dificuldade em me adaptar a esse ritmo lento, mas depois passei a apreciar e até ficar viciado, já que o ritmo lento significa que a tarefa é compartilhada e pensada por muitas pessoas, quando “cai no colo” do desenvolvedor é algo que realmente precisa ser feito.

Já em projetos próprios, pelo menos nos estágios iniciais, sou eu mesmo que faço todo o processo de avaliar, entender, priorizar e fazer, certamente traz muita agilidade, mas pouca eficiência para resultados, já que particularmente gosto muito de testar as mais diferentes possibilidades de configurações malucas. Então a “falta do chicote”, ou seja, da direção para resultados, acaba deixando os projetos em estado de inércia e laboratório por anos.